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Junto com Entidades do Sistema de Controle Externo, Audicon emite nota sobre segurança institucional

Junto com as demais entidades do sistema de controle externo, a Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), emite a Nota Recomendatória nº 02/2025. O documento recomenda aos Tribunais de Contas brasileiros a adoção de políticas integradas de segurança institucional, voltadas à proteção de membros e servidores no exercício das atividades finalísticas de controle externo. Entre os principais pontos, destacam-se a criação de políticas de segurança institucional de forma integrada, o planejamento estratégico, tático e operacional das ações e a cooperação com outros órgãos de controle e segurança pública, a fim de garantir respostas coordenadas diante de situações de risco. A nota também considera o avanço do crime organizado em diversas regiões do país e os riscos enfrentados por equipes de auditoria em campo, especialmente em áreas sob influência de facções criminosas. A iniciativa reflete o comprometimento das entidades do Sistema de Controle Externo com a segurança e a valorização dos profissionais, reconhecendo que a proteção institucional é fundamental para o desempenho autônomo e eficaz das atividades de fiscalização. A Audicon reforça seu apoio à iniciativa e destaca a relevância de políticas de segurança que assegurem a integridade e a tranquilidade dos conselheiros substitutos e demais agentes de controle externo no exercício de suas funções, contribuindo para o fortalecimento do sistema de controle e para a defesa do interesse público. Em 22 de outubro de 2025. Acesse a Nota Recomendatória aqui!

Painéis do segundo dia do Fórum “Mutações no Direito Público e Impactos na Atuação do Controle Externo” aprofundam debates sobre políticas públicas, orçamento e contratações.

Dando continuidade à programação do Fórum “Mutações no Direito Público e Impactos na Atuação do Controle Externo”, realizado pela Audicon e pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), por meio da sua Escola de Contas e Gestão, o segundo dia do evento, 14 de outubro, foi marcado por intensos debates em torno de temas centrais à atuação dos Tribunais de Contas e à governança pública. O Painel 1 – Controle e Avaliação de Políticas Públicas contou com palestra da Professora Doutora Vanice Regina Lírio do Valle (UFG), com participação do Conselheiro Sebastião Carlos Ranna de Macedo (TCM/ES) como debatedor e do Conselheiro Substituto Luiz Henrique Lima (TCE/MT) como moderador. A professora Vanice abordou o papel dos Tribunais de Contas no controle de políticas públicas, destacando que o debate sobre seus limites e possibilidades muitas vezes é mal formulado. Segundo ela, existem “zonas de certeza positiva”, nas quais o controle é legítimo – como a verificação da juridicidade e da congruência da atuação administrativa – , e uma “zona de certeza negativa”, correspondente à atuação substitutiva, quando o Tribunal tenta impor uma política pública em lugar do gestor. A palestrante ressaltou que o desafio do controle externo é mais semântico do que institucional, pois o termo “controle” ainda desperta resistência, embora sua finalidade seja contribuir para o aprimoramento da administração e da transparência. Destacou também a relevância de instrumentos metodológicos, como os quadros de problemas e de referências, de autoria da professora Maria Paula Dallari Bucci, que permitem análises mais estruturadas e realistas das políticas públicas. Encerrando, reforçou a necessidade de os Tribunais aprimorarem sua comunicação com a sociedade e o Judiciário, afirmando: “Nosso problema é mais semântico do que institucional. As pessoas têm medo da palavra controle. E, como disse Regina Casé, ‘o que a gente não inventa, não existe’.” O Painel 2 – Orçamento Público e Reforma Tributária teve como palestrante a Procuradora de Contas Élida Graziane (MPC/SP), com participação do Vice-Presidente da ANTC, Gihad Menezes, como debatedor, e do Conselheiro Substituto Dicler Forestieri (TCM/RJ) como moderador. Em sua exposição, Élida Graziane destacou a relação indissociável entre arrecadação tributária, orçamento público e efetivação dos direitos fundamentais, afirmando que “a desigualdade é uma escolha orçamentária”. Segundo ela, a receita pública é um dever-poder do Estado, e sua frustração compromete o financiamento de políticas essenciais, como saúde, educação e saneamento. A procuradora criticou a expansão das renúncias fiscais e a baixa eficiência na cobrança da dívida ativa, que agravam o desequilíbrio fiscal e se refletem em problemas concretos, como as filas do SUS. Defendendo que as renúncias fiscais equivalem a gastos públicos indiretos, Élida ressaltou que elas devem ser tratadas com o mesmo rigor das despesas diretas — com metas, contrapartidas e avaliação periódica. Para ela, cabe ao controle externo assegurar transparência, racionalidade e sustentabilidade fiscal, garantindo que a arrecadação sirva ao interesse público e não seja inibida de forma ilimitada. Encerrando o evento, o Painel 3 – Contratações Públicas teve como palestrante o Professor Rafael Oliveira, Procurador do Município do Rio de Janeiro, com participação da Presidente do Ibraop, Adriana Portugal, como debatedora, e da Procuradora de Contas do MPC-RJ, Aline Assuf, como moderadora. Rafael Oliveira destacou o protagonismo do TCE-RJ na aplicação da Lei nº 14.133/2021, afirmando que os Tribunais de Contas possuem aptidão institucional para interpretar e aplicar a nova lei de forma técnica e especializada. Definiu a norma como “um verdadeiro código de contratações públicas”, marcada por seis princípios fundamentais: planejamento, celeridade, eficiência, transparência, governança e integridade — ressaltando o planejamento como pilar da gestão contratual. O palestrante defendeu a adoção de programas de integridade como instrumentos de governança e reabilitação de empresas, criticando a ideia das “três linhas de defesa”, que criaria uma hierarquia artificial de controle. Reforçou a importância do respeito à Lei de Acesso à Informação (LAI) e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), enfatizando que o compartilhamento de dados deve ocorrer “dentro dos limites legais e com responsabilidade”. Encerrando sua fala, destacou as “viradas institucional e pragmática” no direito administrativo, defendendo a deferência às decisões baseadas em capacidade técnica e contexto, e concluiu com uma reflexão provocativa de Henry Mencken: “Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada.” O segundo dia do Fórum evidenciou o compromisso da Audicon e do TCE-RJ em promover debates qualificados e plurais, que aproximam teoria e prática, fortalecendo o papel dos Tribunais de Contas como agentes de transformação, transparência e aprimoramento da gestão pública no Brasil.

Medalha de Mérito Institucional Audicon reconhece Presidentes do TCE-MG e TCM-GO por atuação em prol do controle externo.

Na tarde de ontem, 13 de outubro, durante a cerimônia de abertura do Fórum Mutações no Direito Público e Impactos na Atuação do Controle Externo, foram entregues as Medalhas de Mérito Institucional da Audicon ao Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), Conselheiro Durval Ângelo, e ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), Conselheiro Joaquim Alves de Castro Neto, em reconhecimento às suas relevantes contribuições para o fortalecimento do controle externo, o aperfeiçoamento da magistratura de contas e a valorização dos conselheiros substitutos em todo o país. A Medalha de Mérito Institucional Audicon é a mais alta homenagem concedida pela Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon). A comenda distingue personalidades e instituições que se destacam pela atuação em prol da valorização da magistratura de contas exercida pelos Ministros e Conselheiros Substitutos e do aperfeiçoamento do controle externo. A honraria simboliza o reconhecimento da Audicon a trajetórias marcadas pelo compromisso com o interesse público, pela defesa dos valores republicanos e pela contribuição à excelência do serviço público. Em sua fala, a Presidente da Audicon, Milene Cunha, destacou o significado simbólico e institucional da Medalha de Mérito Audicon, afirmando que ela “celebra trajetórias que inspiram, fortalecem e dignificam a magistratura de contas e o sistema de controle externo”. Milene explicou que a medalha representa valores como ética, integridade, responsabilidade e compromisso com o interesse público, e que seus elementos — a estrela dourada de 12 pontas e os tons de azul e amarelo — expressam a excelência, a esperança e a fé no futuro do serviço público. Ao homenagear os presidentes Durval Ângelo e Joaquim de Castro, Milene exaltou suas qualidades como líderes éticos, conciliadores e comprometidos com o fortalecimento institucional do controle externo. Segundo ela, ao receberem a medalha, “eles não apenas são reconhecidos por suas histórias, mas passam a fazer parte da própria história da magistratura de contas”. A Presidente concluiu ressaltando que “a verdadeira grandeza do homem público está na coerência entre o dever e o servir, e que a força do controle externo nasce da união de pessoas comprometidas com a verdade, a ética e o bem comum”. O conselheiro Joaquim de Castro, Presidente do TCM-GO, expressou gratidão pela homenagem recebida, que considerou “não apenas um reconhecimento pessoal, mas também institucional”. Agradeceu à presidente Milene Cunha, aos colegas da Audicon e a diversas autoridades do sistema de controle externo, ressaltando o espírito de amizade e cooperação que une os Tribunais de Contas. Joaquim afirmou que a homenagem simboliza o valor da convivência harmoniosa, da fé e da caminhada conjunta em prol do fortalecimento das instituições. Disse sentir-se honrado por dividir o reconhecimento com seus colegas Conselheiros, Procuradores e servidores do TCM-GO, destacando a importância da união e da generosidade no exercício da função pública. Encerrando, afirmou que “na vida, o que vale não é o ponto de partida, mas a caminhada”, e que a maior colheita de sua trajetória é a amizade construída ao longo dessa jornada. O Conselheiro Durval Ângelo, presidente do TCE-MG, iniciou sua fala ressaltando que o reconhecimento pertence tanto à pessoa quanto à instituição que representa. Citando Padre Antônio Vieira, refletiu sobre o valor das homenagens, afirmando que “a maior honra é de quem concede”, pois reconhecer o mérito alheio é um gesto de generosidade e fé no serviço público. Durval destacou que sua trajetória no Tribunal é guiada pelo cumprimento do dever e pela busca constante de servir à sociedade. Reforçou seu compromisso com uma gestão igualitária, colaborativa e republicana, sem distinções entre conselheiros, substitutos ou procuradores, enfatizando que “a autoridade maior é o povo, o contribuinte”. Mencionou avanços institucionais, como o reconhecimento formal de um Conselheiro Substituto como Ouvidor do TCE-MG, e defendeu que o controle externo deve ser indutor de políticas públicas em um país marcado por profundas desigualdades. Encerrando com inspiração poética, Durval citou Vinícius de Moraes, lembrando que “a vida é a arte do encontro”, e celebrou o momento de união e propósito comum entre os Tribunais de Contas, que reafirma a força coletiva da magistratura de contas brasileira. Veja o discurso da Presidente Milene Cunha na íntegra:

Cerimônia de abertura marca início do Fórum Mutações no Direito Público e Impactos na Atuação do Controle Externo, realizado pela Audicon e pelo TCE-RJ.

Aconteceu, na tarde de ontem, 13 de outubro, no auditório do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, a cerimônia de abertura do Fórum Nacional “Mutações no Direito Público e Impactos na Atuação do Controle Externo”, realizado pela Audicon e pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), por meio da Escola de Contas e Gestão, com o apoio da Atricon, Abracom, CNPTC, IRB, ASUR, ANTC e Ampcon — entidades que estiveram representadas no dispositivo de abertura do evento. A Presidente da Audicon, Milene Cunha, iniciou sua fala destacando a alegria e a honra de realizar o evento no Rio de Janeiro. Em suas palavras, “nenhuma cidade representa tão bem o tema das mutações quanto o Rio de Janeiro — onde o céu muda de cor em minutos e a orla se redefine todos os dias”. A Presidente agradeceu ao Presidente Márcio Pacheco e ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pela acolhida e parceria, ressaltando que este é o primeiro evento promovido por iniciativa própria da Audicon em colaboração com o TCE-RJ. Enfatizou o papel da Audicon como espaço de formação e difusão do conhecimento no controle externo, e a relevância do tema diante das mudanças contínuas nas leis, decisões e instituições. Defendeu que cabe ao controle externo compreender essas transformações e aprimorar continuamente a gestão pública. Agradeceu às entidades parceiras e concluiu desejando que o Fórum gere reflexões, integração e inovação, promovendo um controle externo mais justo, transparente e voltado a resultados concretos para a sociedade. A programação teve início com a Palestra Magna de abertura, ministrada pelo Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira, que abordou o tema “Fluxos e Rupturas: Construção jurisprudencial e desafios do Controle Externo Contemporâneo”. Em sua palestra, o Ministro destacou a importância de fortalecer a integração entre os Tribunais de Contas e as entidades representativas do controle externo, defendendo a criação de um sistema nacional estruturado e colaborativo. Ressaltou a necessidade de uma mudança de paradigma: o controle deve ser não apenas punitivo, mas também preventivo, pedagógico e voltado à efetividade social, contribuindo para a melhoria da gestão pública e dos resultados entregues à sociedade. Ele apresentou inovações adotadas pelo TCU, como o uso de inteligência artificial para análise de dados e prevenção de riscos, a ampliação da atuação em rede com os TCEs e o avanço das soluções consensuais de controvérsias. Enfatizou ainda o papel dos Tribunais como garantidores da boa execução das políticas públicas e a importância de compreender as realidades locais, reforçando que o controle deve estar a serviço do cidadão e do aprimoramento do Estado. A exposição contou com a participação do Ministro Substituto do TCU Marcos Bemquerer, Vice-Presidente da Audicon, que atuou como debatedor, enriquecendo o diálogo sobre os novos paradigmas da atuação das Cortes de Contas diante das transformações do Direito Público. Após a palestra, ocorreu sessão de autógrafos com autores da obra “Controle Externo e as Mutações do Direito Público: Inovações Jurisprudenciais e Aprimoramento da Gestão Pública”, publicada pela Editora Fórum e prefaciada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro. O livro integra a tradicional coletânea de estudos de Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas, lançada anualmente pela Audicon, e reúne reflexões e análises sobre a evolução do Direito Público e os impactos das decisões dos órgãos de controle na gestão pública. O Fórum segue com uma programação voltada à reflexão sobre os impactos das mudanças jurídicas e institucionais na atuação dos Tribunais de Contas e na promoção da boa governança pública.

Presidente da Audicon destaca desafios da presença feminina em cargos de liderança nos Tribunais de Conta

A presidente da Audicon, conselheira substituta Milene Cunha, concedeu entrevista ao jornal A Gazeta de Cuiabá abordando a ausência de mulheres no cargo de conselheira efetiva no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e, de forma mais ampla, a desigualdade de gênero na ocupação de espaços de poder e liderança no serviço público. Atualmente, o TCE-MT não possui — e nunca teve em sua história — uma mulher entre seus sete conselheiros. A composição segue o que estabelece a Constituição Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF): quatro conselheiros são indicados pela Assembleia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo, sendo um deles obrigatoriamente auditor do Tribunal de Contas e outro membro do Ministério Público de Contas. Segundo Milene Cunha, embora a regra formal seja igualitária, garantindo as mesmas oportunidades a homens e mulheres, na prática essa igualdade não se concretiza. “De um modo geral, a ocupação de mulheres em espaços de poder e liderança é um recorte histórico no nosso país. A administração pública e as posições de comando ainda são predominantemente ocupadas por homens”, destacou. A Presidente apontou que, mesmo em carreiras técnicas e meritocráticas, como a de auditor de controle externo, há barreiras invisíveis — o chamado “teto de vidro” — que dificultam a ascensão feminina. “Quando se analisa a rotina das mulheres, percebe-se um acúmulo de funções. Após a jornada de trabalho, muitas ainda assumem responsabilidades domésticas e familiares, o que impacta diretamente na participação em cursos e atividades de capacitação exigidos para progressão na carreira”, explicou. Para Milene, é essencial ampliar a participação feminina nos espaços de decisão. “Somente quem sente a dor tem condições de buscar a cura para essa dor. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam presentes no processo decisório e nas instâncias de poder”, concluiu. Leia abaixo a matéria na íntegra:

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